Depois do afastamento dos jesuítas espanhóis, que tiveram as suas reduções desmanteladas por ação dos bandeirantes paulistas, a principiar por Antônio Raposo Tavares, nos arbores do século XVI, a região de vacaria, no planalto da Serra de Maracaju, onde se localiza o município, somente voltou a ser povoado quando, no primeiro lustro do século XX, Gabriel Francisco Lopes e seus irmãos Joaquim e José redescobriram aqueles campos, procedendo da então província de Minas Gerais, atravessando a região de Paranaíba. Gabriel Lopes trouxe, logo depois, o seu sogro Antônio Gonçalves Barbosa, que veio acompanhado pelo irmão Ignácio Gonçalves Barbosa e suas famílias, se estabelecendo nos campos que rapidamente se tornaram famosos, atraindo novas levas de mineiros que, em 1860, se instalaram na região sudoeste do planalto, fundando os núcleos que receberam a denominação de Água Fria e Santa Gertrudes.

A invasão do Paraguai por ocasião da Guerra do Paraguai, em 1864-1870, determinou o abandono das terras já cultivadas e dos extensos campos de pastagens, onde se iniciava a formação regular de rebanhos, tendo os colonos retornado a Minas Gerais e ao sudoeste de Mato Grosso, até a cessão das hostilidades e consequente retirada dos invasores. João Pedro Fernandes, radicado no lugar denominado São Bento, no atual município de Sidrolândia, em 1922 transferiu-se com o seu comércio-farmácia Santa Rosa ao povoado pertencente ao Município de Nioaque, na margem direita do Rio Brilhante. Algum tempo depois, em consequência de um surto de malária, resolveu estabelecer-se na zona que hoje compreende a cidade de Maracaju, ali instalando a sua farmácia, atendendo assim apelo dos habitantes da redondeza. Data de 1923 a fundação do núcleo que hoje é a cidade de Maracaju. Espírito esclarecedor e empreendedor, João Pedro Fernandes compreendeu a necessidade de instalar uma escola que preenchesse a lacuna então existente. Contando com o apoio dos moradores da região, organizou ele a “Sociedade Incentivadora da Instrução de Maracaju” instalada em 25 de dezembro de 1923. Nestor Pires Barbosa entregou, por doação à sociedade, 204 hectares de terras, para o fim especial de, nelas, serem construídas casas para abrigo das crianças que frequentassem a escola. Mais tarde, foram adquiridos mais duzentas hectares, situadas às margens do Córrego Montalvão, sendo, então, edificado um confortável prédio para o funcionamento da escola. O desenvolvimento constante do novo povoado levou o Governo do Estado a criar o Distrito de Maracaju, topônimo do planalto e da serra em que se localizava, pela Resolução 912, de 08-08-1924. A 25 de abril de 1944, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil inaugurou a estação ferroviária de Maracaju, o que muito contribuiu para o progresso do município.

Os primeiros moradores da região de Maracaju foram: João Pedro Fernandes, Francisco Bernardes Ferreira, dona Fé Fernandes, Marcos dos Santos, José Pereira da Rosa, Gilberto Teixeira Alves, José Adrião Juquita, Antônio José Ferreira, Melânio Garcia Barbosa, José Pereira da Rosa Filho, Antonio Ferreira Ribeiro, Vitor Constantino Evanof, Antônio Aracaju, Saraiva Pereira da Rosa, Firmo Garcia de Limo, Olímpio Camargo, Bartolomeu Bueno da Costa, Abadio Romualdo, João Batista Pereira da Rosa, João Galberto Ferreira, Manoel Retamoso, Carlos Ferreira Tito, Arakaki Tokiti e Delfino Pereira Antonio. A Resolução 912 criou o Município de Nioaque, o distrito de Paz de Maracaju em 8 de Julho de 1 924. O crescente desenvolvimento da localidade em poucos anos de vida, determinou a sua elevação a categoria de Município com território desmembrado do de Nioaque, pela Lei 987, de 7 de julho de 1928, sendo instalada precisamente dois meses depois, isto é, 7 de setembro de 1928. A mesma Lei 987 transferiu para Maracaju a sede da comarca de Nioaque, ficando o município que dava nome reduzido a termo da mesma comarca. O primeiro prefeito municipal que assumiu na data de sua instalação foi João Pedro Fernandes, um dos principais fundadores da cidade, a qual naquela mesma data, recebia a iluminação elétrica em funcionamento inaugural. A Lei 1 031, de 1 de Outubro de 1929 eleva o então povoado à categoria de cidade e dá denominação de Maracaju à comarca de Nioaque com sede em Maracaju. O Decreto nº 115 de 31 de Dezembro de 1937, por medida econômica, reduziu a comarca de Maracaju a termo de Campo Grande. Na divisão jurídica e administrativa do estado vigorante a 31 de Dezembro de 1937, aparece só o Município de Maracaju, com dois distritos: o homônimo, como sede e o de Vista Alegre, criado este pela Resolução 892, de 13 de Julho de 1923. Em 1941, foi instalada, na cidade, a agência do Banco do Brasil e, em 25 de Abril de 1944, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil inaugurou a estação ferroviária de Maracaju, localizada a três quilômetros da cidade, realizações que muito contribuíram para o maior desenvolvimento da mesma (mas o primeiro trem de passageiros teria chegado apenas em 1946), sendo que a linha ficou ativa até 1 de junho de 199614 15 .

Por força do Decreto-Lei Federal 5 839, de 21 de Setembro de 1943, passou a constituir, juntamente com outros municípios, o Território Federal de Ponta Porã, voltando a ser reincorporado ao Estado de Mato Grosso em 1946, por determinação das disposições Constitucionais Transitórias, que extinguira o mencionado Território. Como território federal, a cidade de Maracaju foi designada como capital, determinação essa que foi transferida, posteriormente, para a cidade de Ponta Porã. Na divisão Territorial do estado para vigorar no quinquênio 1949-1953, estabelecida pelo Decreto 583, de 24 de Dezembro de 1948, o Município de Maracaju, com sede da comarca de igual topônimo, era constituído de dois distritos: o da sede e de Ervânia, antiga Vista Alegre. Além dos primeiros moradores de Maracaju, ainda contribuíram, para seu progresso e desenvolvimento, os seguintes cidadãos: Nestor Pires Barbosa, Soriano Corrêa da Silva, Ataliba Pereira da Rosa, João Marcondes de Oliveira, Totó e Chico Marcondes, Francisco Alves Terra, João Vicente Muzzi, Américo Carlos da Costa, Antonio de Moraes Ribeiro, Adolpho Alves Ferreira, Adalberto Garcia de Souza, Arthur Ferreira Ribeiro, josé Ferreira de Lima, Franklin Ferreira Ribeiro, Hypolito Alves Ferreira, Manoel Olegário da Silva, João da Matra Corrêa da Silva, José Ferreira Azambuja, Balbino Corrêa de Lima, Joaquim Ferreira Lucio, Horacio Halves Ferreira, Antonio Baptista de Souza, Gumercindo Garcia Barbosa, Marcos Roberto Ferreira, Jovino Faustino Silvério e muitos outros.

A partir de 1972 começam a chegar os imigrantes holandeses e o município passa a ser o berço da imigração holandesa no estado. Em 1977, o município passou a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.

Maracaju é um termo oriundo da língua tupi, onde significa “água de maracá” através da junção mbara’ká (“maracá”) e (“água, rio”), uma referência à Serra de Maracaju.

Com economia baseada na agropecuária, Maracaju passou de 12ª para 6ª maior economia do Estado e teve seu PIB um crescimento recorde, superior a 516%.

Conhecida como a capital da linguiça, iguaria típica conhecida como Linguiça de Maracaju, diferente das tradicionais produzidas com carne de porco, a Linguiça de Maracaju é preparada de forma artesanal usando carne bovina. Receita desenvolvida pela população ali residente.

Todo ano é realizado a tradicional Festa da Linguiça que atrai turista de toda a região, dos estados vizinhos e países do Mercosul. O embutido ficou famoso ao entrar no Guiness World Records como a linguiça contínua do mundo.

Como chegar em Maracaju/MS?

A grande maioria dos visitantes opta por chegar no destino de avião, desembarcando Aeroporto de Campo Grande. 

distância do Aeroporto de Campo Grande até Maracaju/MS é de 160 km e é aqui que entram os demais transportes. Então, tenha em mente que ainda precisará de um transporte do aeroporto até a cidade de Maracaju.

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