
A região de São Gabriel do Oeste é palco de atividades desde meados de 1885. Registros históricos apontam que a área onde hoje se situa a sede do município foi ocupada primeiramente por criadores de gado oriundos de Minas Gerais. O precursor dessa primeira incursão foi Bernardino Ferreira da Cunha, descendentes relatam que a Fazenda Brioso – de Bernardino – chegou a ter 70.000 hectares, e abrangia toda a área que se tornaria São Gabriel do Oeste. À época, a região integrava o município de Coxim. Em 1948, parte do território de Coxim foi desmembrado — surgia o município de Camapuã, que continha os distritos de Ponte Vermelha e Areado. A ocupação das terras limitou-se às furnas – regiões mais acidentadas e providas de água, pois os chapadões do planalto não eram propícios a atividades agropastoris.
Somente na década de 1970, a região despertou para uma nova era de desenvolvimento. Percebeu-se a possibilidade de utilizar a área do cerrado para a agricultura. A partir de 1971, a região começou a ser estudada para sediar a cafeicultura. Tomando conhecimento dos planos do Instituto Brasileiro de Cafeicultores no plantio de café, um migrante campo-grandense chamado Gabriel Abrão comprou uma área próxima ao córrego Ponte Vermelha. Interessados em comprar lotes para a produção de café, paranaenses contataram Gabriel Abrão. Em 1973, fixaram-se na região dirigentes da empresa madeireira Maffissoni e Sorgatto S/A, de Renascença-PR. O grupo criou a sede de uma nova fazenda, localizada às margens do córrego Capão Redondo. Começava então uma nova etapa do desenvolvimento da região, com a chegada de Balduíno Maffissoni, logo seguido por outras pessoas do Sudoeste Paranaense e Oeste de Santa Catarina: Ângelo Brizot, Silvino Bortolini, Deoclecio Zamignan, Osório Rodrigues da Silva, Alessio Boff e Aloysio Ottilio Rohr. Do Rio Grande do Sul vieram Walter Orling e Albano Frantz. Os fazendeiros da região apoiaram Balduíno e os sulistas cheios de planos promissores para esta região. Esta fase foi o inicio de uma amizade entre Balduíno e os sulistas com os fazendeiros do Mato Grosso. Os pioneiros foram homenageados na bandeira da cidade; O dragão significa a bravura dos sulistas e suas garras tem como significado a força dos Ferreira da Cunha.
A cafeicultura, entretanto, não vingou na região. Em 1975, seria registrada a primeira colheita nos cafezais mais antigos, mas a produção foi totalmente destruída pela geada mais intensa já vista no Estado. O plano de reconstituição do café não surtiu efeitos; passou-se, então, a ter certa tendência para transformar as lavouras em pastagens. Em 1976 o povoado de São Gabriel foi elevado a distrito de Camapuã, sendo desmembrado do já antigo distrito de Ponte Vermelha. A decisão contou com a ajuda do deputado Ruben Figueiró de Oliveira. Em 1977, surgiram os primeiros experimentos em soja, iniciando-se um novo ciclo de desenvolvimento. Dois anos depois, os moradores já não aceitavam mais a dependência de Camapuã e iniciaram-se movimentos visando à criação de um município. No mesmo ano a região passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.
Os estudos para delimitação foram feitos em 1980, apoiados pelos deputados Ary Rigo e Londres Machado. Em 4 de maio realizou-se o plebiscito pela Comissão de Emancipação. No dia 12 de maio, por ato do ex-governador Marcelo Miranda Soares, foi assinada a lei em que ficou criado o novo município e estabeleceu seus limites. Seu território desmembrou-se então de Camapuã, Bandeirantes, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso e Coxim. Um ato do governo federal, no entanto, adiantou as eleições previstas para 15 de novembro de 1980. Criou-se, então, um impasse administrativo, já que São Gabriel e outros oito municípios não poderiam escolher o prefeito por meios eletivos. Depois de diversas reuniões, o governo estadual criou o cargo de administrador municipal, permitindo que o município fosse instalado no dia 17 de junho de 1981. Para administrar o recém-criado município, foi empossado Balduíno Maffissoni que permaneceu no cargo até 12 de fevereiro de 1982 sucedido por Aldino Sangalli de 13 de fevereiro de 1982 até 31 de janeiro de 1983 quando assumiu o primeiro prefeito municipal eleito Roberto Emiliani.
Apontada como a cidade mais bem desenvolvida do estado de Mato Grosso do Sul. O município, que possui apenas 39 anos e aproximadamente 27 mil habitantes, reúne vantagens geográficas, culturais, econômicas e sociais que fazem da qualidade da vida um grande diferencial para quem quer investir ou morar na cidade.
Situada na maior rota de escoamento de produção de grãos do país, a cidade é polo do agronegócio, sendo uma das maiores produtores de soja, milho e sorgo. São cerca de duas mil propriedades, com grande parte destinada a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas.
A cidade também é um polo na criação de gado, tendo em seu território um rebanho de cerca de 225 mil cabeças. Na produção de ovos, São Gabriel ganha evidência; com mais de 205 mil unidades de galinhas poedeiras em suas granjas e uma produção de 3,9 milhões de dúzias de ovos por ano, a cidade se tornou umas das líderes no mercado. Já na estrutiocultura, a criação de avestruzes bate todos os recordes, com um plantel de mais de 2 mil aves, a cidade é a maior produtora individual de ovos e carne do Brasil.
São Gabriel do Oeste também se destaca na área do turismo de eventos e de negócios. Sede de importantes eventos do calendário estadual, a cidade oferece uma estrutura com uma ampla rede hoteleira, espaços para eventos, pontos turísticos e um forte comércio que atende ao turista e a toda região.
Como chegar em São Gabriel do Oeste/MS?
A grande maioria dos visitantes opta por chegar no destino de avião, desembarcando Aeroporto de Campo Grande.
A distância do Aeroporto de Campo Grande até São Gabriel do Oeste/MS é de 137 km e é aqui que entram os demais transportes. Então, tenha em mente que ainda precisará de um transporte do aeroporto até a cidade de São Gabriel do Oeste.